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Dono das próprias emoções

Todos nós já ouvimos, em algum momento, que as doenças têm fundo emocional. Sabemos que as emoções influenciam nosso sistema imunológico. Por que, então, não prestamos atenção a elas? Meu convite para você, hoje, é começar a direcionar sua atenção e intenção para a análise das emoções. Como tantas vezes já repeti aqui, nossa atenção e intenção têm um poder infinito e através delas podemos mudar nossa realidade e criar novas perspectivas de bem viver. A meta humana parece ser buscar o prazer e evitar a dor, só que essa corrida automática nunca traz a alegria e a vitalidade esperadas. Nada mais normal que evitar a dor, o problema é que na maioria das vezes as pessoas se desviam do sofrimento gerando ainda mais sofrimento! Arquivar um problema não é resolvê-lo. O resultado do comportamento defensivo é o acúmulo de emoções mal digeridas, toxinas que provocam desequilíbrio, doença e dor. Vamos aprender a extravasar as emoções tóxicas. Mas, para isso, é preciso coragem para espiar as velhas feridas, abrir espaço para lutar contra nossos medos. Lembre-se que aquilo que machuca também oferece lições e oportunidades de crescimento. Sugiro um programa de sete passos para começarmos, aqui e agora, o trabalho de purificar as emoções:

1. Dê nome aos bois: em muitos casos, a ignorância emocional é tamanha que a pessoa não consegue sequer definir o que sente. Identifique sua emoção da forma mais completa e objetiva possível. Nomeie e conheça seu inimigo. Você sente o quê: raiva, rejeição, ódio, mágoa? Sente vergonha ou orgulho?;

2. Agora localize sua emoção no corpo. Um disparo no coração, um aperto no estômago, um estreitamento da glote…. Cada emoção vem sempre acompanhada de uma reação corporal. Ter a consciência corporal da emoção é suficiente para enfraquecer aquela energia;

3. Assuma responsabilidade por seus sentimentos. Como bem dizia Eleanor Roosevelt, “ninguém pode fazer você se sentir inferior sem o seu consentimento”;

4. Expresse sua emoção. Descreva em uma folha de papel o que você está sentindo, fique na frente do espelho e conte para si mesmo quais os seus sentimentos;

5. Descarregue esse peso por meio de uma atividade física: corra, dance, soque um travesseiro. Nesse momento, sua emoção já terá perdido grande parte de seu significado;

6. Agora você está preparado para compartilhar seus sentimentos com a pessoa que o magoou. “Saia de si”, colocando-se no lugar do outro e buscando uma visão mais equilibrada do conflito;

7. Relaxe. Você agora merece uma recompensa pelo trabalho árduo! Prepare um jantar a luz de velas, compre um presente pra si mesmo, faça uma massagem, entregue-se a uma atividade prazerosa.

Depois desses sete passos, você vai ver como se sente mais leve. E seu sistema imunológico agradece: pois nesse momento ele se torna um campo fértil para o bem viver.

Fundadora do CIYMAM – Centro Integrado de Yoga, Meditação e Ayurveda, em São Paulo, Márcia De Luca dá cursos e palestras em empresas. É autora do livro Ayurveda – Cultura de bem-viver (Editora de Cultura).