Por Carlos Hilsdorf
Para sermos felizes e alcançarmos realização pessoal e profissional em qualquer área de nossas vidas precisamos encontrar o verdadeiro sentido pelo qual fazemos as coisas.
Quando sabemos o “por que” (a causa) e o “para quê” (a finalidade) das nossas atitudes estamos caminhando rumo a objetivos concretos, não caminhamos apenas por caminhar, mas porque sabemos aonde e porque queremos chegar.
Este sentido, melhor definido como nossa missão pessoal e missão profissional, é o verdadeiro motivador de resultados superiores em todas as áreas de nossa vida.
Lamentavelmente, viajamos pelo tempo da vida um tanto quanto distraídos e muitas vezes perdemos a noção deste sentido passando a não mais viver, mas a sermos levados pela vida.
Observe em todas as áreas a crônica falta de sentido que torna a vida vã e as atividades meros condicionamentos desprovidos de brilho.
Um casamento que caiu na rotina sofre da falta de sentido (a rotina só se instala em nossas vidas quando o sentido profundo que nos leva a fazer algo é substituído pela obrigação de fazê-lo); um médico que cuida de doenças quando deveria cuidar de pessoas e de saúde perdeu o sentido do exercício da medicina; um professor mais preocupado com a capacidade dos alunos em decorar dados que com sua capacidade de desenvolver senso crítico e idéias consistentes, perdeu o sentido da arte de ensinar; um aluno colando na prova perdeu o sentido de estar na universidade (substituiu o sentido da sua formação pelo objetivo menor de conseguir notas em provas para as quais não se preparou bem).
A falta de sentido da compreensão da missão pessoal e profissional contamina a nossa sociedade que, de maneira imediatista, preocupa-se mais com status que com felicidade.
Um profissional sem sentido de missão não constrói sua carreira e prejudica a vida e carreira de muitos outros. O professor ineficiente que não se atualiza e que utiliza uma didática ultrapassada está prejudicando a formação de seus alunos e muitas vezes promovendo um desamor por sua disciplina que pode durar uma vida toda (quantas pessoas não gostam de matemática, história ou geografia porque foram vítimas de um destes “pseudoprofessores”…).
Erros são humanos e compreensíveis. Um médico pode errar um diagnóstico, pode ser vítima de um falso positivo – termo utilizado para um exame que aparenta um problema que não existe -, mas um diagnóstico equivocado por falta de uma investigação consistente e profissional é um crime contra a saúde e a vida.
A falta de sentido e de responsabilidade de um profissional pode afetar diretamente a vida de muitas outras pessoas.
Por isso, quando você estiver agindo em sua vida pessoal e profissional, procure sempre identificar o sentido de suas atitudes e de sua missão e as consequências perante a vida das outras pessoas. Lembre-se dos desdobramentos de atitudes pobres (sempre disfarçadas por desculpas nobres). Enquanto um aluno cola em uma prova de administração, outro aluno está colando em uma prova de medicina e amanhã será o seu cardiologista, este poderá deixar morrer uma pessoa, o outro, uma empresa…
Carreira não é um plano de remuneração, reconhecimento e longevidade profissional. Carreira é um compromisso ético com a vida, é o seu histórico de contribuições efetivas para que a vida seja melhor através da sua atitude!
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