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A diferença entre velocidade e correria

Por Eduardo Zugaib
A vida exige respostas cada vez mais rápidas de nós. Entre os fatores, está a velocidade com que a informação fica velha nesse admirável e digital mundo novo.
Sobreviver dentro da expectativa cada vez mais urgente que clientes, amigos, parceiros, equipes e família depositam sobre nós, obriga-nos a decisões mais objetivas e respostas mais assertivas nas muitas situações do dia-a-dia. Atuar com velocidade nos terrenos por onde transitamos requer uma profunda capacidade de autoconhecimento, uma consciência próxima da exata sobre nossas capacidades e limites.
Para trabalhar com velocidade é preciso preparação, treinamento e uma grande dose de empenho pessoal para o domínio dos processos. Apesar de ambos lidarem com rapidez, um piloto de corrida difere de um motorista inconseqüente, como muitos que vemos por aí.
É a diferença que existe entre velocidade e correria. Enquanto a primeira envolve preparação, autoconhecimento e treino à exaustão, na busca de um processo cada vez mais eficiente e preciso, que minimize os riscos, a segunda envolve afobação, achismo, inconseqüência e, não raro, termina em tragédia.
Quando nos munimos de conhecimento acerca dos processos que envolvem nossas atividades, nos tornamos mais seguros até mesmo para dizer “não” quando nos é exigida uma resposta em um prazo impossível.
Especialmente na prestação de serviços, em que a intangibilidade é de ponta-a-ponta, muitos profissionais tropeçam quando, na empolgação, assumem demandas para as quais não dispõem de recursos humanos, materiais ou de tempo para sua correta preparação. Se uma mulher leva 9 meses para gerar um filho, não significa que 9 mulheres o farão em 30 dias.
A compreensão dos fatores e processos que envolvem nosso trabalho ajuda-nos a trabalhar com mais segurança, no tempo certo, sem medo de perder competitividade. Aprender a dizer “não” para determinadas demandas nos momentos críticos, além de sinal de inteligência, ajuda a blindar nossa credibilidade e a fortalecer nossa marca pessoal.
Conhecer com antecedência o caldeirão em que se pretende mergulhar, com tempo suficiente para um mínimo de diagnóstico, além de receita de sanidade, nos ajuda a saber se o fogo abaixo dele já está aceso ou não.
Para melhores índices de eficiência, eficácia e efetividade, é preciso diminuir a correria, sem deixar de aumentar a velocidade