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O Desafio do Recrutamento e Seleção na Bahia

Por Margarida Silva
A dificuldade de recrutar e selecionar profissionais adequados às necessidades das empresas parece ser um problema crônico, mudando apenas algumas facetas, mas permanecendo em sua essência.
Neste carnaval de 2012, revendo o meu acervo de matérias feito para mídia, vi um debate transmitido pela TV em 1988 que foi ratificado em outra matéria veiculada no jornal A Tarde edição de 31 de julho em 1994. Esta matéria trata de uma pesquisa realizada por minha equipe quando trabalhei em outra empresa de recursos humanos, há quase 18 anos, que relata basicamente as mesmas dificuldades e limitações verificadas nos dias atuais. São elas: versatilidade, visão do todo (sistêmica), conhecimento e experiência diversificados além dos específicos, comprometimento com os resultados, domínio de informática, sem falar de dinamismo e gosto por desafio.
De modo geral, acrescento a capacidade de se ajustar rapidamente às mudanças, bom humor e fluência em outro idioma, de preferência o inglês, para alguns cargos.

Diante da cronicidade do problema e no intuito de reduzir o descompasso entre o que as empresas necessitam e o que os profissionais estão prontos a entregar, é preciso de um esforço conjunto de todos envolvidos, por isto conclamo:
• Às Instituições de Ensino – que ofereçam aos seus alunos além da formação técnica, condições de análise crítica do contexto sócio-econômico e auto-análise para que possam agir coerentes com as exigências deste;
• Aos Profissionais – que invistam intensamente energia, tempo e dinheiro no sentido de se alinharem com as necessidades do mercado;
• Ás Empresas contratantes – que estimulem e criem condições de desenvolvimento de seus colaboradores;
• Ás Empresas de recrutamento e seleção – que utilizem as melhores técnicas e recursos de maneira a identificar o real potencial, mesmo o mais latente e que ofereçam bons feedbacks, para que o profissional tenha um norte no desenvolvimento de sua carreira.

Com este esforço conjunto acredito que todos ganhem, reduzindo assim o gap entre o que as empresas necessitam e o que os profissionais tem condições de oferecer.

Margarida de Fátima da Silva, Psicóloga com MBA em Gestão de Recursos Humanos, formação em coaching e vasta experiência em gestão e desenvolvimento de pessoas.