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Que sentido você dá ao seu trabalho? Uma reflexão para o dia do trabalho

Por: Ana Meira
Você já teve a oportunidade de ver filas de gado entrando para o abate?
E filas de trabalhadores entrando para o trabalho em uma grande empresa?
Eu já tive a oportunidade de observar por diversas vezes as duas cenas e apesar de serem diferentes, na minha percepção, elas tem algo em comum: A falta de animação, de vida e coragem de seus personagens principais. Parece que o gado pressente o que está por acontecer e as pessoas como seres racionais, e pela experiência, sabem o que vai acontecer e isso reflete em suas faces e fisionomias.
Fico me perguntando o que causa tanto desânimo: Será a nova forma de organização do trabalho ou a falta de sentido que as pessoas veem em seu trabalho ou ainda a representatividade histórica do que vem a ser o trabalho?
Não é uma questão de múltipla escolha. Pode ter um pouco de cada um desses ou de outros fatores. Apesar de saber das influências do sistema de produção implantado sobre a forma de vida e trabalho, chego a conclusão que uma grande maioria ainda não encontrou sentido no trabalho que realiza. Grande parte dessas pessoas ainda enxerga o trabalho de uma forma isolada e não o contexto global onde aquela “pequena” tarefa vai contribuir para o sistema como um todo, e aí elas se diminuem ao tamanho da tarefa que “acha”que faz ao invés de se elevar pela grandiosidade da obra completa. Explico melhor, a grande contribuição de uma pessoa que instala tijolos em uma construção, a meu ver, não se resume a tarefa de instalar tijolos, ela pode estar ajudando a construir, por exemplo, um edifício que dará abrigo a lares e à realização de muitas pessoas. Esse exemplo pode ser estendido todas as áreas da atuação humana.
O trabalho ainda é visto, por alguns, como tão somente uma forma de atender as satisfações primárias do ser humano como: moradia, alimentação, vestuário, dentre outras. Sem ser demagógica, o trabalho cumpre também essas funções, mas não são só essas. Acima de tudo é uma forma de transformação e realização humana. Enquanto transformamos aquilo que fazemos nos transformamos também enquanto pessoas e nos elevamos.
Para preservarmos a nossa integridade, tanto física como mental, é importante buscarmos sentido para o que fazemos. Isso não significa somente fazer o que gosta, mas aprender, em alguns casos, a gostar do que faz.
No desempenho da minha atividade como Coaching e também como Consultora em Recursos Humanos, sempre pergunto para aos meus clientes: O que faz os seus olhos brilharem? O que te faz dormir tarde e acordar cedo? O que gosta de fazer? O que lhe dá prazer?
Acredito que essas perguntas devem nortear não só a escolha de uma profissão como a orientação da vida profissional como um todo.
O objetivo desse pequeno texto não é só sugerir respostas para algumas questões, mas, sobretudo, uma forma de provocar a inquietação e questionamento sobre alguns de nossos comportamentos que, de tão comuns, achamos que são normais mas não são.
A você que leu até aqui, faço convite a refletir sobre o quanto tem se realizado naquilo que faz. E se a resposta não for satisfatória, procure identificar os possíveis pontos de insatisfação e como equacioná-los. Nesse sentido, a ajuda de um profissional especializado, como um Coach, pode lhe ajudar a encontrar as respostas para algumas dessas perguntas e a lhe direcionar para um caminho de maior satisfação e realizações tanto pessoais como profissionais.
Para fechar, gostaria de utilizar uma frase de um dos mais eminentes pensadores de todos os tempos, Confúcio, que é atual até hoje: “Escolhe um trabalho de que gostes, e não terás que trabalhar nem um dia na tua vida”.
Desejo-lhe sucesso e que você possa se realizar fazendo o que escolheu como profissão!
Que neste dia Trabalho você possa se orgulhar do seu!

Ana Maria da Silva Amorim Meira
Psicóloga, Pós Graduada em Gestão Estratégica de Pessoas,Consultora de Recursos Humanos e Coach.