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Personal Branding nas empresas

Por Marie-Josette Brauer para o RH.com.br
Segundo Buschini, uma rápida definição do Personal Branding é “a arte de promover sua marca pessoal para conseguir modelar a percepção que os outros têm de nós, de nossa expertise e de nossa singularidade”.
Atualmente, as empresas estão evoluindo para um funcionamento em rede, desenvolvendo a inteligência coletiva, com uma hierarquia menos presente. Nesta nova configuração, o Personal Branding vai contribuir com a elaboração de projetos, de espaços virtuais colaborativos.
Essa interação justifica-se, pois a imagem da empresa é importante para a imagem pessoal e a imagem de uma pessoa pode gerar um grande impacto na imagem da empresa, principalmente com a presença cada vez mais importante nas redes sociais. Nesses últimos anos, nota-se uma mudança de mentalidade: as razões que levam um indivíduo a trabalhar parecem ter evoluído.
Cinco novas tendências estão aparecendo no Personal Branding: a procura de um sentido ou de atividades que representam um interesse ou uma paixão, a busca do reconhecimento, o desejo de desenvolvimento pessoal, a necessidade de independência e, por último, a possibilidade de ser autêntico no ambiente profissional.
A empresa pode motivar seus funcionários encorajando-os a desenvolver suas marcas pessoais alinhadas com a marca da empresa.
A gestão de competências diferentes
O Personal Branding dos colaboradores de uma empresa vai gerar certo impacto na Gestão das Competências. A pessoa vai conseguir mostrar certas competências que não haviam sido percebidas até então e nem avaliadas no clássico processo de recrutamento. Essas competências poderão ser muito úteis para a empresa. É por isso que certas corporações integraram o conceito de Personal Branding no seu programa de desenvolvimento de talentos.
As redes sociais mudaram a Web e estão começando a provocar uma mudança de cultura nas empresas. A intranet permite que cada pessoa se faça conhecer e possa ser rapidamente identificada quando sua expertise for necessária para um novo projeto. Trata-se de usar a intranet ou internet para comunicar suas competências, suas realizações, suas relações, aumentando assim a sua credibilidade e podendo ser mais solicitado. As redes vão permitir também que os perfis “atípicos” possam ser notados. Eles têm agora a mesma possibilidade de serem percebidos que os perfis estereotipados.
A empregabilidade
Há dois critérios principais para a empregabilidade: a rapidez com que o indivíduo consegue uma nova colocação e a qualidade dela.
A relação empregador/empregado não é mais caracterizada pela lealdade, mas baseia-se sobre investimentos mútuos de curto prazo. O Personal Branding é uma ferramenta fundamental e cada vez mais útil neste novo contexto, onde: a pessoa deve-se responsabilizar por sua carreira; deve avaliar constantemente seus pontos fortes, os fracos e o seu plano profissional; precisa conhecer seu valor, melhorar suas competências, reciclar-se constantemente; mostrar-se curioso, atento às tendências para poder antecipar as mudanças; criar oportunidades; construir redes de relacionamento; tomar iniciativas; além de considerar sua carreira como um “negócio” e a si próprio como “um produto”.
Nas novas configurações organizacionais, o empregado não terá mais tarefas únicas, mas vai gerenciar seu próprio leque de atividades, engajando-se às vezes em vários projetos, de natureza diferente ou requerendo outras competências. O desenvolvimento contínuo se faz cada vez mais necessário.
O mundo do trabalho vai se tornar um processo de oferecer serviços e não mais de buscar empregos.
O Personal Branding poderá ser a única verdadeira constante num meio profissional em constante mutação.