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Uma máquina no seu lugar – é o robô inteligente

Os robôs inteligentes estão invadindo cada vez mais as empresas. Qual será o futuro do nosso trabalho?
Por Gil Giardelli
RobotWikimedia Commons
Robô humanoide Nao: profissional deve buscar se atualizar para não ser substituído
Há pouco tempo, convidei um robô para dar uma aula a meus alunos. Sim, um robô com inteligência artificial. Ele se chama Now. No Brasil, já são quatro professores robôs como o Now, e no mundo há mais de 800.
Eles cobrem as mais diversas áreas do conhecimento. Quando um robô aprende algo em algum canto do planeta, todos aprendem junto, pois trabalham em rede e, automaticamente, melhoram sua maneira de ensinar na sala de aula. Eu e meus alunos ficamos de boca aberta com a aula do Now. Saí da sala com algumas perguntas incomodando minha cabeça.
O que farei quando os robôs roubarem meu emprego? Consigo ensinar pessoas que irão trabalhar com máquinas inteligentes? Dias depois, me dei conta de que os humanos já estão sendo substituídos por robôs. Aconteceu numa visita que fiz a uma montadora de automóveis, onde me senti como se estivesse no filme Transformers.
Onde antes havia dezenas de pessoas agora existe um engenheiro. Há robôs trabalhando na agricultura, operando em hospitais, diagnosticando e ajudando na cura do câncer. No livro Race Against the Machine, Erik Brynjolfsson, professor do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, afirma que a inovação tecnológica destrói os empregos mais rapidamente do que os cria.
E você se pergunta: “E meu emprego? Como entro nesta nova era de trabalhos com os robôs?”. Seu desafio é transformar a tonelada de informações que recebe diariamente em conhecimento aplicado. Só assim, você elimina o risco da substituição eminente.
Além de ser curioso para as novas descobertas da tecnologia e para as novas fronteiras do pensamento coletivo. Esse comportamento vai mantê-lo atualizado e conectado ao novo mundo do trabalho.
Passado o susto, comecei a pensar um futuro bem mais harmonioso com seres humanos e máquinas dividindo tarefas sem rivalidade. Os robôs dirigiriam nossoscarros e fariam os trabalhos enfadonhos.
Assim como na Grécia Antiga, teríamos mais tempo e usaríamos nossos neurônios para fazer as perguntas essenciais da humanidade como: “Quem sou eu? O que estou fazendo de fabuloso neste mundo?”
Gil Giardelli escreve sobre inovação digital e é professor do Centro de Inovação e Criatividade da ESPM e da Miami Ad School. Também é presidente da Gaia Creative